quarta-feira, 20 de junho de 2012

Os pais de Paul McCartney

Música de Paul McCartney que fala sobre família.
Let' em in - Ao Vivo no Rio de Janeiro, em 2011.
http://www.youtube.com/watch?v=75oycvjFIDM

A mãe de Paul McCartney, Mary Patricia.

Texto: Luiz Antonio da Silva


Paul nasceu James Paul McCartney, no dia 18 de junho de 1942, numa enfermaria particular do Walton Hospital em Liverpool, o único Beatle a nascer em tal ambiente luxuoso. Sua família era uma família comum da classe média. Isso foi no ponto culminante da guerra. Paul chegou em grande gala, porque sua mãe, durante uma certa época, havia sido irmã encarregada da enfermaria da maternidade. Deram-lhe um tratamento de estrela quando ela voltou para ter Paul, seu primeiro filho.

Sua mãe, Mary Patricia, abandonara o trabalho no hospital fazia apenas um ano, quando casou com seu pai, tornando-se health visitor (misto de enfermeira e assistente social). Seu nome de solteira era Mohin e, como o marido, era de descendência irlandesa.

Jim McCartney, o pai de Paul, começou a trabalhar aos quatorze anos como garoto de amostras em A. Hannay and Co., corretores e comerciantes de algodão em Chapel Street, Liverpool. Ao contrário da esposa, ele não era católico. Sempre se classificou como agnóstico. Jim nasceu em 1902, numa família de três irmãos e quatro irmãs.

Foi considerado de muita sorte, quando deixou a escola e conseguiu um emprego na indústria de algodão. Essa indústria estava em franco progresso e Liverpool era o centro de importação para os teares de Lancashire. Conseguir um emprego nesta indústria significava estar estabelecido para toda a vida.

Como menino de amostras, Jim recebia seis shillings por semana. Tinha de descobrir prováveis compradores de algodão e apresentar-lhes as amostras do artigo que lhes podeira interessar. A firma Hannay importava o algodão, separava-o, classificava-o e então vendia para as fábricas de tecidos.

Jim se desincumbiu muito bem no cargo e, aos vinte e oito anos, foi promovido a vendedor de algodão. Isso foi considerado um grande sucesso para um rapaz comum. Geralmente, os vendedores de algodão pertenciam à classe média. Jim foi sempre um rapaz simples e ativo, com um sorriso aberto e simpático.

Quando conseguiu essa grande promoção, deram-lhe um salário de 250 libras por ano. Salário não muito grande, mas bastante razoável. Jim era muito moço para a Primeira Guerra Mundial e muito velho para a Segunda, e com audição num só ouvido - ele teve um tímpano perfurado quando, aos dez anos de idade, caiu de um muro - por isso, não foi convocado. Contudo, era capaz de realizar algum tipo de trabalho durante a guerra. Quando o Mercado do algodão fechou, foi mandado, por esse motivo, para as fábricas de Napiers.

Em 1941, aos trinta e nove anos, Jim se casou. O casal mudou-se para quartos mobiliados, em Anfield. Quando Paul nasceu, ele trabalhava, durante o dia, em Napiers, e de noite, como bombeiro. Como sua esposa havia trabalhado no hospital, ele podia visitá-la quando bem entendia, não estando sujeito às horas de visita.

"Ele tinha uma aparência horrível, eu não podia suportar isso. Tinha só um dos olhos abertos e chorava o tempo todo. Eles o levantaram e ele parecia m pedaço horroroso de carne vermelha. Quando cheguei  em casa chorei, pela primeira vez, em muitos anos."

Apesar do trabalho médico de sua esposa, ele nunca teve doença de qualquer espécie. O cheiro de hospitais o fazia ficar nervoso, medo que Paul herdou dele. 

"Contudo, no dia seguinte, ele parecia mais humano. E, cada dia que passava, suas feições melhoravam. Afinal, ele se formou um lindo bebê."


Paul McCartney com o seu pai, Jim McCartney.

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