O fotógrafo Antanas Sutkus nasceu na Lituânia, em 1939.
Museu Oscar Niemeyer
2 fevereiro - 20 maio
120 fotos em exposição
Texto: Estela Sandrini
Diretora do Museu Oscar Niemeyer
Antanas Sutkus acredita que, sem amor, a fotografia é impossível. "O meu credo é de amar o homem. Há muito tempo eu aprendi que para fotografar é necessário amar as pessoas e a vida", diz Sutkus. E as fotografias são suas palavras.
Inserido em um contexto no qual a ideologia socialista era uma obrigação, Sutkus conseguiu viver e fotografar sem se prender ou se perder em regras e limites ideológicos. (...)
Sutkus escreve com a luz e com a alma, e os cliques captam o instante rumo à eternidade. Mas as imagens não evocam memórias, e sim um presente contínuo que apresenta um povo com seus mistérios e idiossincrasias.
(...)
A fotografia, para Sutkus, tem de penetrar na alma do outro. E as fotografias dele possuem essa força. O interlocutor se transforma diante das imagens do lituano. "Para mim, é importante que as minhas fotografias testemunhem e transmitam o cheiro do tempo", diz o fotógrafo. Em Antanas Sutkus um olhar livre, de fato, uma outra cultura se revela aos sentidos. Visceralmente.
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